As nuvens escureceram o céu, de repente a noite caiu sobre o lago, tornando-o ainda mais triste.
Sempre olhara o lago com desconfiança, aquela calma escura e o seu fundo onde os segredos apodreciam sem que ninguém quisesse descobri-los.
Nascera à beira do lago, na casa grande e isolada de difícil acesso. Adivinhava mistérios,,, porquê aquele isolamento, porquê aquele lugar triste? Nunca lhe disseram, deixou de perguntar. Habituou-se, e agora estava ali quase sozinha, restava-lhe a velha criada e o velho labrador.
O céu anunciava tempestade, adormeceu a custo, o pensamento povoado por sombras e vultos desconhecidos, estranhos...
De repente um estrondo que a acorda. Acende a luz, corre a cortina, um barco acabara de atracar no pontão. Alguém caminha pelo cais, ouve bater à porta e una voz forte que lhe diz:
"Abre não tenhas medo, sou o teu pai, não tenhas medo, demorei a chegar mas estou aqui. Prometi que voltava..."
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