quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Joaquina Vanessa


Joaquina Vanessa (Jaquina como é conhecida) estava no auge da felicidade.  O Vladimir, Vlad para os amigos, acabara de lhe enviar uma mensagem. Joaquina Vanessa lia e relia para acreditar que era verdade. Logo o Vlad aquele mulatão alto e de andar gingão que parecia não a ver: “Linda, deixas-me nervoso, a tua boca é um rebuçado, os teus olhos caramelos e tu és boa como o milho.”
O coração pulava dentro dela, as unhas de gel cor de rosa desembaraçavam o cabelo cheio de caracóis bem marcados com laca.
Vai vê-lo logo à noite no café. Respondo à mensagem, perguntava a si própria. Sim, é melhor responder.
“Vlad, não me digas mais nada senão eu morro, o meu coração não aguenta.”
Veste a blusa de licra vermelha decotada e bem colada ao corpo, escolhe a saia mais mini e lá vai ela de saltos altos, cabelos até à cintura. Sim lá está o Vlad, camisa aberta no peito, calças de ganga descaídas, ténis de verniz pretos e brancos.

Jaquina Vanessa treme, escorrega e estatela-se no chão. Levanta-se a custo e a coxear sai pela porta fora a chorar!

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